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CONFIRA – Preso na Espanha, proprietário do Hotel Costa Brava, em Lucena, teria traficado pedras preciosas para financiar grupo paramilitar durante guerra civil em Serra Leoa

PF deflagra operação e cumpre mandados de busca e apreensão, um deles é o Hotel Costa Brava

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A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quarta-feira (10/07), dois mandados de busca e apreensão no Hotel Costa Brava, na cidade de Lucena, região metropolitana de João Pessoa/PB. A operação, chamada de “Kimberly”, tem o objetivo de investigar crime de lavagem de dinheiro oriundo do comércio ilegal de diamantes de sangue e violação de direitos humanos em Serra Leoa, na África.

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De acordo com a PF, o crime de lavagem de dinheiro investigado, decorre de investigações realizadas pela Polícia Nacional espanhola, que, por sua vez, apura crime contra a humanidade e organização criminosa praticados pelos mesmos investigados.

O alvo é Manuel Terrén Parcerisas, que seria propietário do Hotel Costa Brava, apontado pela Polícia espanhola como membro de uma organização responsável por atuar na década de 1990 na exploração e venda ilegal de pedras preciosas, entre elas diamantes, para financiar o grupo paramilitar Frente Unida Revolucionária (RUF), que atuou na guerra civil de Serra Leoa.

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Ele consta como sócio de empresas na Paraíba e foi preso no último dia 06 em um aeroporto na cidade de Malaga. Ele estava sendo investigado desde janeiro de 2022 pelas autoridades espanholas.

Na última semana, a Polícia Nacional espanhola cumpriu mandados judiciais naquele país, desfavor de espanhol, quando este desembarcou de voo proveniente do Brasil. Ele é investigado em comum pelas polícias dos dois países e sua prisão foi divulgada pela imprensa espanhola na ocasião.

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Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em imóveis do citado cidadão espanhol, em Lucena.

A pedras preciosas são chamadas “diamantes de sangue” por serem extraídos de uma zona de guerra, cujo preço de sua extração é a vida de muitas famílias que trabalham na minas.

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A investigação

Manuel Terrén Parcerisas é apontado pela Polícia espanhola como membro de uma organização responsável por atuar na década de 1990 na exploração e venda ilegal de pedras preciosas, entre elas diamantes, para financiar o grupo paramilitar Frente Unida Revolucionária (RUF), que atuou na guerra civil de Serra Leoa.

Naquela década, o conflito deixou mais de 70 mil mortos e 2,6 milhões de desabrigados, como destacou o jornal El País em matéria sobre a prisão de Manuel Terrén.

Manuel, que consta como sócio de empresas na Paraíba,  foi preso no último dia 06 em um aeroporto na cidade de Malaga.

Ele estava sendo investigado desde janeiro de 2022 pelas autoridades espanholas e observado à algum tempo e com auxílio da Polícia Federal do Brasil, as autoridades espanholas foram alertadas da viagem do empresário para Espanha.

Diamante de Sangue

O termo ‘diamantes de sangue’ ganhou força na década de 1990 e se refere aos diamantes obtidos por meio do tráfico, àquela época.

A população pobre de Serra Leoa foi explorada em meio ao tráfico os valores obtidos pelos contrabandistas usados para o financiamento da guerra civil.

A situação chegou a inspirar o filme ‘Diamante de Sangue’, com Leonardo DiCaprio, no ano de 2006.

Fonte – DA REDAÇÃO com ClickPB e Maurílio Júnior

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