O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties), firmou, nesta terça-feira (9), em Campina Grande, uma parceria com o Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (TRT 13ª Região), para o projeto Aquilombo Paraíba, que visa promover o letramento digital para comunidades quilombolas do Estado. O termo de cooperação técnico foi assinado pelo secretário da Secties, Claudio Furtado, e pelo presidente do TRT, desembargador Thiago de Oliveira, durante solenidade.
Também participaram do momento o presidente da Coordenação Estadual das Comunidades Negras Quilombolas da Paraíba (Cecneq), José Amaro; a vice-presidente da Ceneq, Rayza Rodrigues; e a representante do Quilombo Grilo, Massilene Tenório.
A parceria vai proporcionar letramento digital de forma prioritária para mulheres das comunidades quilombolas do Estado, por meio da capacitação. A formação acontecerá na parte inicial do projeto, quando os beneficiários irão participar de cursos capacitatórios, com o objetivo de promover a inclusão na área de Ciência e Tecnologia.
“Esse projeto bate no cerne da Secretaria na sua gerência de inclusão digital. Uma das nossas missões é promover o letramento, a inclusão digital para todos, os quilombolas, indígenas, povos ciganos, para as pessoas que estão na periferia, e isso faz parte de uma política prioritária”, enfatizou Claudio Furtado. Ao todo, 12 territórios serão beneficiados por meio dessa ferramenta para o desenvolvimento de novas tecnologias sociais.
Além disso, o secretário parabenizou o desembargador Thiago de Oliveira pela ação que o TRT da Paraíba tem promovido, de olhar para as minorias e proporcionar uma formação adequada na área de Ciência e Tecnologia.
Segundo ressaltou o desembargador, a parceria com a Secties é fundamental para proporcionar essa inclusão. “Agradeço muito ao secretário Cláudio pela parceria. É um projeto do TRT da Paraíba com outros atores desde a iniciativa privada, ONGs, secretarias do Governo do Estado, que possibilitaram hoje, por exemplo, a chegada da população de vários quilombos. É um projeto de inovação social, de sustentabilidade e de formação de lideranças e empoderamento feminino nos quilombos da Paraíba”, afirmou o magistrado.
O projeto será desenvolvido em etapas. A primeira envolve a formação em temas que vão desde a introdução à sustentabilidade, até o letramento digital. Em seguida, os participantes mais engajados do projeto irão participar do Prêmio Gertrudes Maria, com o intuito de serem incentivados a produzir ensaios e vídeos sobre suas vivências e os temas propostos. Por último, ocorrerá a criação de um espaço de inclusão digital e inovação social, por meio da doação de computadores para as comunidades.
De acordo com a representante do Quilombo Grilo, Massilene Tenório, por meio da inclusão, as mulheres poderão encontrar o empoderamento necessário para alcançar lugares como o mercado de trabalho, normalmente pouco ocupado por esse grupo minoritário. “Normalmente dizem que lugar da mulher é em casa, cuidando dos filhos, fazendo comida, mas através desse projeto será possível para as mulheres do nosso quilombo alcançar outros espaços”, comentou.
Sobre o Projeto – As estratégias de empoderamento e de inclusão desenvolvidas no Projeto visam, principalmente, enfrentar os processos de marginalização e exclusão de determinados grupos.
O projeto pretende alcançar, em sua primeira fase, 12 territórios e, diretamente, 360 pessoas. A partir do diálogo com instituições parceiras, o projeto pretende implantar um espaço de criação e inovação dentro das comunidades. A iniciativa tem o objetivo de ser ferramenta para o desenvolvimento de novas tecnologias sociais.
No primeiro momento, serão promovidas formações nos seguintes temas: Introdução a Sustentabilidade; Direitos Humanos; Agenda 2030 da ONU; Projetos Expressão e comunicação; Letramento digital; e Soft Skills – habilidades sociais;
Em seguida, será desenvolvida a segunda etapa, que envolve o Prêmio Gertrudes Maria. Ele tem como objetivo incentivar e reconhecer o engajamento dos participantes do projeto, bem como instigá-los a produzir ensaios e vídeos que envolvam suas vivências e o tema da sustentabilidade. Entre as categorias que serão premiadas estão: categoria “Ubuntu: sou porque nós somos”, que envolve uma maratona de perguntas e respostas; Categoria “Escrevivências”, através de um ensaio escrito; e a categoria “O chão que piso”, através da produção de um vídeo.
Por fim, a última etapa acontecerá por meio da criação de um espaço de inclusão digital e inovação social. Para isso, serão doados computadores às comunidades, por meio de parceria com a Coordenação Estadual das Comunidades Negras Quilombolas da Paraíba, a Cecneq.
Fonte – Texto e Foto Secom PB
About Author
Veja também
Governo cria bolsa de R$ 1.050 para estudantes de licenciatura
Representantes de classes reativam o Fórum das Forças de Segurança Pública no Estado da Paraíba
Kashima completa 26 anos de fundação neste domingo (12)
AGENDA CULTURAL, saiba onde se divertir neste final de semana
PF descobre novo plano para assassinar Lula com bombas e fuzil que derruba até helicóptero