Os atletas que vão representar a Paraíba na Taça das Favelas Sub-17, que vai acontecer em São Paulo, a partir desta quinta-feira (7), passaram por uma série de exames cardíacos no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, para garantir que vão entrar em campo com a saúde em dia. A ação partiu de uma parceria entre a Central Única das Favelas na Paraíba (Cufa-PB) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES), junto à Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), que gerencia o Hospital Metropolitano, e os exames foram feitos na sexta-feira (1º) e nesta segunda-feira (4), pelos cardiologistas Rômulo Leal, que é o médico responsável pelos testes ergométricos, e Liliane Fernandes.
“Estes atletas, entre 15 e 17 anos, vieram fazer a avaliação cardiológica que chamamos de pré-participação, que tem o intuito de avaliar o risco cardiovascular dos jogadores, assim como intervir para diminuir o risco destes atletas desenvolverem algum tipo de problema de saúde durante a competição”, explica Rômulo.
Ao longo dos dois dias, os jogadores fizeram avaliações clínicas, com levantamento de histórico de doenças dos próprios atletas e dos familiares; exames de eletrocardiograma; e também o teste ergométrico, feito em uma esteira.
“Neste teste nós induzimos o atleta ao esforço máximo, na esteira, e durante o exercício são avaliados vários componentes, como a pressão arterial, o eletrocardiograma e a frequência cardíaca, para descobrir se há algum sintoma oculto que possa ser revelado durante o esforço físico”, diz o médico.
Um dos atletas que passou pelos exames foi Davi Mikael, que tem 17 anos. Ele é atleta desde os cinco anos de idade e vai participar de um campeonato interestadual pela primeira vez. “Comecei nas escolinhas, fui crescendo e graças a Deus cheguei até aqui. É uma felicidade imensa estar representando a Paraíba nesta taça e, se Deus quiser, vai dar tudo certo”, disse.
Além de Davi, outros 21 atletas oriundos de favelas de todas as regiões do estado passaram pelos exames e fazem parte da seleção Sub-17 paraibana. Para Thiago Batista, articulador institucional da Cufa-PB e presidente da comissão da seleção, a parceria foi importante para o time. “Graças a essa parceria, foi possível fazer esses exames e garantir a saúde dos atletas neste campeonato tão importante, afinal de contas o objetivo da Taça das Favelas é não só promover um campeonato de futebol, mas também a inclusão social através do esporte, e a revelação de talentos da nossa periferia”, completou.
Ilara Nóbrega, diretora de Atenção à Saúde da PB Saúde, reforça a importância deste tipo de parceria para o cuidado com os paraibanos. “Esse tipo de ação ressalta o nosso compromisso, enquanto Fundação, com a prática de atividade física, que por si só já é um cuidado com a saúde, como também destaca a prioridade que damos à saúde e ao bem-estar de nossos jovens talentos, promovendo uma participação segura e saudável nesta importante competição”, completa.
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