ENTREVISTA – Maína, vereadora mais votada em Lucena PB

Vereadora fala dos projetos, cita dificuldades na eleição e diz ter interesse pela Presidência da Câmara Municipal de Lucena

Eleita com 687 votos, Severina Marinho Dos Santos Bandeira (Maína) chega para o seu terceiro mandato disposta a colaborar com o prefeito Léo Bandeira, no desenvolvimento e crescimento do município e ajudar a população de Lucena a conquistar cada vez mais seus espaços com vida digna e ações positivas

Os 687 votos obtidos nas eleições de outubro passado, garantindo-lhe o diploma da vereadora mais votada no município de Lucena serão retribuídos com muito trabalho, honestidade, profissionalismo e, acima de tudo, dedicação à população.

Isto, no entanto, é o que garante a vereadora Severina Marinho dos Santos Bandeira, popularmente conhecida como “Maina”, que volta à Câmara Municipal para o seu terceiro mandato. Em 2020 ela não se elegeu, amargando quatro anos de espera para, e m 2024 ser coroada com uma expressiva votação.

“É fruto de um trabalho continuado. Nunca parei de trabalhar. É o reconhecimento do meu trabalho pelo povo de Lucena”, disse a vereadora em Entrevista Exclusiva ao Blog do Marcos Lima. “Sonho também ser presidente da Câmara Municipal. Entrego este sonho nas mãos de Deus”, afirma a vereadora que foi eleita pelo Partido Avante e teve 6,39% dos votos para mais um mandato.

EIS A ENTREVISTA

A senhora foi a vereadora mais bem votada nas eleições municipais na cidade de Lucena. A que a senhora atribui esta grande votação?

– Essa votação é fruto de um trabalho que já venho fazendo há muitos anos, que já venho desenvolvendo esse trabalho junto ao nosso povo.

Em 2020 a senhora não conseguiu a reeleição, após permanecer quatro anos na base de oposição…Ser oposição naquela época dificultou sua reeleição?

– Realente dificulta, dificulta sim. Porque a gente não tem o apoio pra fazer um trabalho melhor para o povo. Mas, mesmo assim, eu tive 352 votos e não me considero derrotada, porque como todos sabem, hoje tem dois vereadores na Câmara que tiveram menos votos do que eu e estão lá. A gente sabe que existe uma matemática, vamos dizer assim, na eleição, que termina obtendo esse resultado por conta do coeficiente do partido. Essas coisas levam a gente ficar de fora, mesmo sendo mais votado dos que estão lá. Então, não me considerado derrotada e continuei o meu trabalho, por isso hoje eu obtive essa votação.

Quais são seus principais projetos como vereadora para a cidade de Lucena?

– Reposição dos gabiões de Costinha, um Centro Administrativo aqui para o município pra sair dos alugueis, uma casa de apoio aos idosos. É, tem mais projetos primordiais para o nosso município, mas, assim, eu penso nesses três projetos. Agora, mais, no decorrer da gestão, no decorrer do trabalho, a gente vai pensar em mais, claro que vai ter mais projetos que vão ser necessários. A gente sabe disso e o vereador vai pra Câmara pra aprovar os projetos, pra fazer os projetos e pra reivindicar outros direitos para o nosso povo.

Como será sua convivência com a bancada de oposição na Câmara Municipal?

– A minha convivência lá com os colegas vai ser normal. Porque acho que não deve ter diferenças. A gente lá nós temos que tratar o colega com igualdade lá dentro, fazendo o nosso trabalho, cada um na sua posição, mas, cada um tratando bem e fazendo aquilo que é pra ser feito. Comigo não vai ter problema algum. Não vai ter. Eu vejo dessa forma.

A senhora já tem preferência para algum vereador para a Presidência da Câmara Municipal de Lucena?

– Eu tenho preferência a ser presidente da Câmara, como todos têm o mesmo direito de dizer o que eu estou dizendo aqui agora. Mas isso a gente só vai saber dessa definição, desse resultado, lá na frente. Espero em Deus que Deus faça o melhor por cada um de nós e se for da vontade de Deus, pode ser eu. Se for da vontade de Deus. Eu creio muito em Deus e tudo que faço, eu entrego a Deus, porque Deus resolve tudo pra mim e não tenho nada contra a ninguém.

Como cidadã de Lucena, na sua opinião, quais foram os prefeitos que trabalharam pelo município sem pensar em sí próprio?

– O que posso lhe dizer é que todos os prefeitos que passaram pelo município, pela gestão do município, todos deixaram a sua contribuição de trabalho. Então, todos trabalharam e claro, eles pensam em si na hora que é pra fazer o benefício, é pra fazer o trabalho, trabalhar para o povo, então, eles estão pensando neles também, porque tem que fazer um bom trabalho. Tanto o povo ganha com isso quanto eles tambem, porque, quando se faz um bom trabalho, todos saem ganhando, na minha concepção. Eu acredito que é por aí, porque, um trabalho mais, outro trabalha menos, mas todos deixam sua contribuição, todos fazem. E Léo Bandeira, agora, nessa gestão, fez e fez muito, pelo que ele passou nessa gestão, fez e fez muito. Ninguém pode dizer que não foi, porque se for detalhar, todos vão ver que Léo trabalhou e trabalhou muito. Foi muito pressionado, foi muito machucado, passou por poucas e boas como se diz, mas trabalhou e continua trabalho. Agora mesmo está chegando de Brasília, onde foi buscar recursos pra que, pra ajudar aquelas pessoas que não tem teto, não tem moradia. Correu atrás , como se diz na linguagem popular, de recursos para melhorar a vida do povo. Então, ele continua trabalhando.

O que a senhora espera dos novos vereadores que chegam pela primeira vez no Poder Legislativo de Lucena?

– Eu espero que eles venham com pensamento de trabalhar pelo povo, fazer, dá a sua contribuição também da maneira correta, que vereador não só é chegar e dizer sou vereador, estou vereador e vou pra lá só pra fazer oposição, só pra fazer situação e uma forma diferente. Não, não é isso. É trabalhar igual aos outros que já estão lá, mas, fazer um trabalho para o povo. Eu espero que seja dessa forma, que todos se conscientizem que a gente tem que ver o povo, a necessidade do município e fazer o melhor que a gente pode fazer, dá o melhor de sí lá dentro. Pra isso a gente é votado pelo povo.

Como a senhora analisa o resultado das eleições para prefeito de Lucena, onde a margem de voto entre o prefeito reeleito Léo Bandeira foi pequena?

– Foi Lucena que teve uma diferença. Foi a zona rural uma diferença pequena, mas, existiu uma diferença. É, na verdade, a gente fica, eu fico até sem entender bem, porque a gente ver que em Lucena tem os dois colégios eleitoral, aliás, agora são três que são os maiores e tem muita gente que não mora em Lucena e vota em Lucena. E, tem também que considerar isso aí. Mas é assim, eleição é eleição, sempre existe uma diferença aqui e acolá, mas, o bom é que a gente ganhou, Graças a Deus.

A senhora acredita na tese de que eleição se ganha na véspera ou é preciso trabalhar quatro anos antes do pleito eleitoral?

– Eu acredito muito em trabalho que já vem sendo feito há muito tempo, durante quatro anos, se falarmos do prefeito, no prefeito. E, também essa história de dizer que eleição se ganha no dia, isso aí é uma coisa que a gente não pode nem dizer que não existe, porque o que a gente ver hoje é muitos eleitores não saber o que é que significa um voto. Então, por isso, acontece esse tipo de coisa. Infelizmente ainda é assim e pelo decorrer da caminhada, como se diz, eu acho que isso aí não vai acabar nunca.

A senhora aprova pessoas que não moram em Lucena serem representantes da cidade no Poder Legislativo?

– O certo seria não. Mas, existe a lei que permite que a pessoa que tem domicilio eleitoral no municipio pode ser candidato e pode ser votado, então, ele também pode ser representante. Não sou eu que estou dizendo, é a lei que permite. Acredito que mesmo assim eles podem fazer um bom trabalho, assim queiram. É querer.

Por Marcos Lima

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Marcos Lima

Marcos Lima é jornalista profissional, formado em 1989 pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Trabalhou em praticamente todos os veículos de comunicação na Paraíba, como repórter e também Editor Setorial. Atuou também como Assessor de Comunicação em vários órgãos do Governo do Estado e foi ainda Assessor de Imprensa de vários políticos paraibanos.

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