Vereadores De Conde Solicitam Abertura De Cpi Para Apurar Irregularidades Em Contrato Da Prefeitura

Vereadores de Conde aprovam CPI para apurar supostas irregularidades de Karla Pimentel em contrato público de quase R$ 600 mil

Parlamentares terão 90 dias para concluir com as investigações

A Câmara Municipal de Conde aprovou, na última segunda-feira (10) durante Sessão Ordinária, a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades na Dispensa de Licitação nº 00033/2022, realizada pela Prefeitura Municipal sob a gestão da prefeita Karla Maria Martins Pimentel. A CPI terá um prazo de 90 dias para concluir as investigações.

A contratação em questão, no valor de R$ 590.436,00, foi firmada com a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba e previa a implementação do marketplace “Vitrine Digital”, treinamento em marketing digital, planejamento de mídia, instalação de totens com acesso à internet via Wi-Fi e a criação de uma plataforma de roteiro turístico digital.

Relatórios técnicos do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) e pareceres do Ministério Público de Contas (MPC-PB) apontaram diversas irregularidades no processo de contratação, como:

  • Falta de justificativa detalhada sobre a necessidade da contratação;
  • ⁠Ausência de estudos prévios para embasar a tomada de decisão;
  • ⁠Valor idêntico para serviços distintos sem explicação técnica adequada;
  • ⁠Baixa adesão ao projeto, com apenas 50% dos estabelecimentos cadastrados;
  • Falta de comprovação documental da execução dos serviços contratados;
  • Pagamentos realizados de forma antecipada, sem evidências da entrega do serviço.

Diante dessas constatações, o Ministério Público de Contas sugeriu a aplicação de multa à prefeita Karla Pimentel e o encaminhamento do caso ao Ministério Público, por indícios de contratação direta ilegal.

A CPI foi solicitada pelos vereadores Jerberson Ramos Carneiro e Lima, Rosélia Maria da Silva Oliveira, Fagner Santos de Sousa, João Batista do Nascimento e Munique Marinho de Lima Rolim e atende aos requisitos da Lei Orgânica Municipal e do Regimento Interno da Câmara. A comissão será composta por cinco vereadores e terá poderes para convocar testemunhas, requisitar documentos e determinar diligências.

Com a instauração da CPI, a Câmara Municipal reforça seu compromisso com a transparência e a fiscalização dos atos do Poder Executivo. O desfecho das investigações poderá resultar no envio do caso ao Ministério Público para possíveis sanções civis ou criminais.

Da Redação

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