O presidente da Câmara Municipal de Jacaraú, vereador Genésio da Silva Pessoa (PSB) defendeu durante sessão ordinária da Casa Legislativa, na última sexta-feira, dia 9, que uma muilher jacaruense levasse uma “tremenda surra”, ao ser agredida moralmente durante a busca de um serviço disponibilizado pela Câmara Municipal.
“Ela não apanhou, mas deveria“, disse o vereador-presidente Genésio Pessoa, em tom raivoso, homofóbico e misógenos proferidas durante a sessão. A fala do parlamentar viralizou nas redes sociais e perante a população local, principalmente no seguimento feminino, onde nas eleições municipais de 2024, ele teve uma boa votação.
A população local continua repudiando as declarações de vereador e que, uma possível retratação pública não amenizará de forma alguma os danos causados às mulheres, em plena semana do Dia das Mães.
Diversas mulheres da cidade de Jacaraú já programam para esta semana, possivelmente na terça-feira, dia 13, uma manifestação pública em frente à Câmara Municipal de Vereadores, em protesto contra o vereador, que, além de ofender as mulheres, incentivou a violência contra uma classe que luta nacionalmente contra tais abusos.
Senadora Daniella Ribeiro
A coordenadora nacional do Antes que aconteça, programa de combate à violência contra a mulher, senadora Daniella Ribeiro, repudiou veementemente as declarações misóginas proferidas pelo presidente da Câmara Municipal de Jacaraú, o vereador Genésio Pessoa, durante sessão realizada ontem (9).
Em sua fala, conforme vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente da Câmara disse que uma mulher “não apanhou, mas deveria”, referindo-se ao fato de que uma mulher havia sido agredida ao buscar um serviço disponibilizado pela prefeitura.
As palavras do vereador causaram revolta na cidade e nas redes sociais. A senadora Daniella Ribeiro, como parlamentar tem como principal pauta o combate à violência contra a mulher, por isso criou o programa Antes que aconteça.
Diante do fato, a senadora rechaça a declaração e reafirma o compromisso de lutar contra esse tipo de comportamento, sobretudo vindo de uma figura pública, que tem o dever de ser exemplo, e não de incentivar a violência contra mulheres.
A senadora destaca que, declarações desse tipo, só reforçam o machismo, a misoginia e o ódio contra mulheres, em um país onde, a cada seis horas, uma mulher é assasinada por ser mulher.
A luta pelo fim da violência contra a mulher é diária, necessária e urgente. Para isso, a senadora conclama a sociedade como um todo para que cada um faça sua parte para que uma mulher não sinta medo de viver simplesmente por ser mulher.
Por Marcos Lima
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