A advogada Bruna Morato (foto) foi condenada a pagar mais de R$ 300 mil à Prevent Senior por danos morais. Ela fez graves acusações contra a operadora na pandemia, inclusive quando depôs à CPI da Covid, em setembro de 2021. Morato, que atuou como representante de médicos que tinham se desligado da operadora, também foi ouvida por vereadores de São Paulo na CPI da Prevent Senior. A advogada afirmou à época que a operadora submetia pacientes internados com Covid a experimentos com remédios de eficácia não comprovada, como a hidroxicloroquina.
O juiz Gustavo Coube de Carvalho, da 5ª Vara Cível do Foro Central da capital paulista, acolheu os argumentos da Prevent de que houve danos morais à empresa em entrevista à emissora TVT, em 21 de abril do ano passado. Na ocasião, Morato voltou a fazer acusações contra a operadora e seu diretores.
A condenação determina o pagamento de R$ 300 mil à Prevent, acrescidos de juros de mora, além das custas e despesas processuais e honorários advocatícios, fixados em 13% do valor atualizado da condenação. Segundo o magistrado, Morato não apresentou provas para sustentar suas acusações.
“Nenhum documento desse tipo, porém, chegou ao processo, lembrando que manchetes de jornais não valem como tal. […] A conduta da ré mostrou-se ilícita e pode ser qualificada como tentativa de assassinato de reputação de empresa de grande porte. O dano moral daí advindo é evidente, além de demonstrado pela grande repercussão, na imprensa e mídias sociais, das ofensas e acusações propaladas”, afirmou o juiz.
Morato disse que a Prevent Senior age para tentar “inverter a posição das partes na história”, após ter atuado como “cúmplice do governo federal para difundir o uso da cloroquina”. Cabe recurso da decisão.
Fonte – O Antagonista
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